terça-feira, 19 de julho de 2011

Desconstruindo o discurso da oposição - Democracia Participativa ou sindicato virtual?

Democracia participativa seria apenas a possibilidade de participar de algumas enquetes pela internet? Votação sindical apenas virtual?? O que é isso? Uma tentativa de tirar a presença física do professor do dia-a-dia do sindicato? Para nós democracia participativa é uma outra história. Veja aqui as diferença entre nossas propostas.

Proposta chapa 2

" Muitos professores e professoras gostariam de participar mais diretamente da vida sindical. Campanha salarial “antecipada” - como a de 2011, que nos conduziu ao pior acordo salarial do país - afasta a categoria do sindicato. As negociações salariais com os patrões, ao apagar das luzes de 2011, colocaram em risco os nossos salários, ferindo os princípios democráticos.
A CHAPA 2, Unidade na Luta, irá democratizar de verdade o Sinpro-Rio:    
1– criando imediatamente o Fórum de Representantes de Instituições de Ensino, a reunir-se a cada 40 dias com o objetivo de discutir, opinar e participar da implementação das políticas do Sinpro-Rio; a participação nas comissões de trabalho do sindicato será aberta aos participantes do Fórum;
2– utilizando o PLEBISCITO como forma de tomada de decisões relativas às mais importantes questões da gestão política do Sinpro-Rio, como a sustentação financeira do sindicato;
3– utilizando a Internet para eleições sindicais e consultas - O atual sistema de eleições da nossa entidade favorece a quem está no poder da máquina sindical. São cerca de 400 (100 a cada dia) urnas circulando somente por algumas escolas e universidades, mobilizando cerca de 350 pessoas. Um sistema que favorece a fraude elimina a possibilidade de voto de centenas de colegas professores e apresenta um custo altíssimo para a entidade. É o exemplo da prática antidemocrática".


Nossa Resposta

Chego a ter calafrios quando leio isso. Oh turma da chapa 2, modelo do sindicato CLEAN ACABOU. Um modelo que apostava que o professor não precisava mais ficar no sindicato, pois resolveria “qualquer assunto” pela informática! Foi pura viagem na maionese. Até mesmo a sala dos professores na sede do Centro acabou. Esse modelo não cabe no atual processo. O Sindicato é da categoria. O professor precisa estar no sindicato e na luta. Para isso, existe em nossa estatuto o Conselho de Representantes (QUE NUNCA SAIU DO PAPEL). Que temos a clareza que será um dos principais instrumento de organização da categoria. Propor um Fórum de Representantes de Instituições de Ensino é desconhecer o próprio estatuto.  Em relação da democracia participativa, meus companheiros e companheiras, podemos falar muito bem. A proposta de organização do sindicato por regionais e com a participação da categoria nos fóruns e congressoas, só veio na gestão do professor Quêdo de forma orgânica. A criação dos fóruns e das comissões de trabalho surgiram na gestão 2008-2011. Existia um medo, por parte de alguns que integram a chapa 2, de que essas comissões retirariam o “poder” da diretoria (pensamento tradicional, hierárquico e pequeno). 

Dar poder a categoria é criar mecanismo de atuação e elaboração. Como colocar para funcionar O CONSELHO DE REPRESENTANTES. Outro exemplo é o ORÇAMENTO PARTICIPATIVO. Diferente de um plebiscito, onde a categoria é consultada sobre as opções construídas por algumas pessoas, nesse caso a diretoria, que encaminhará as opções para a categoria. No caso do ORÇAMENTO PARTICIPATIVO é a categoria que vai dizer onde e como fazer. Alinhados aos orgãos de acompanhamento do orçamento que serão construídos. Isso é uma profunda inversão dos papéis. O instrumento do plebiscito é importante, só que na proposta de vocês isso virou a maior panacéia do mundo. Vocês são contra o ORÇAMENTO PARTICIPATIVO (OP). O OP empodera a categoria sobre onde e como aplicar os seus recursos. Esse é mais um elemento que nos diferencia ideologicamente.

O processo de informatização do Brasil e do mundo é algo surpreendente. Avançamos muito e precisamos melhorar ainda mais. No entanto, defender eleições pela internet é falácia. Usar como argumento o custo é populismo. Pois em nenhum momento vocês discutiram os contratos do sindicato com as empresas que prestam serviços a categoria. Vocês deixaram passar de forma irresponsável, o dinheiro que o Banco do Brasil descontou irregularmente do Sindicato. Se quer entraram com ação judicial, fato que o tomamos um rombo de mais de R$ 200 mil reais pois o prazo prescreveu. Logo, apontar custo é brincadeira. A possibilidade de fraude, pelo meio eletrônico, será enorme. Qualquer pessoa poderá votar por ela e até mesmo manipular o voto.
No entanto, compreendo a reclamação de vocês. É porque a base nos conhece. Sabe quem somos. Alguns de vocês, não podem dizer isso. Pois não vão as escolas, mesmo tendo a liberação sindical.

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